Startups com valuations mais baixos e escassez de capital são características do momento pelo qual passa o ecossistema das startups. É um cenário desafiador em que o investimento-anjo ganha mais importância, principalmente por causa do Smart Money.
Este recurso, que chega atrelado ao conhecimento, pode fazer toda a diferença no sucesso ou no fracasso de uma startup, principalmente quando o investimento é feito com um grupo de anjos sólido e diversificado, em que diferentes expertises se unem para fazer aquele negócio crescer e, consequentemente, dar bom retorno financeiro aos investidores.
Na Gávea Angels, a seleção de uma investida é um processo de várias etapas que analisa o modelo de negócios, os empreendedores, a gestão, a proposta e o potencial de crescimento desse negócio. Tudo para dar o máximo de segurança possível aos investidores.
No momento de capital escasso e investidores mais seletivos, esse processo de seleção rigoroso ajuda os investidores-anjo a colocarem o dinheiro em negócios mais consistentes e promissores. É uma forma, inclusive, de facilitar a vida daqueles que ainda não tem tanta experiência nesse meio.
“Os grupos sempre têm uma força maior e abrem novas oportunidades por terem um conjunto de investidores com experiências diferentes. Individualmente, é possível controlar melhor o processo, mas dependendo de um único conhecimento, que nem sempre é o necessário no momento”, avalia Teresa Simões, conselheira diretora da Gávea Angels.
Como os investidores-anjo podem apoiar as startups?
O primeiro ponto é aconselhando os empreendedores. A partir das experiências dos investidores, as startups têm acesso a insights, ideias e até alertas para os possíveis riscos nas soluções que venham a ser apresentadas.
Investidores-anjo também apoiam startups com relacionamentos, já que podem apresentar o seu networking para facilitar acesso a potenciais investidores, clientes e soluções que ajudem na caminhada neste tempo de crise.
“Isso acontece para dar garantias que tem gente com experiência mais próxima daquela operação. Para os grupos de anjos é uma oportunidade porque pode trazer startups em um momento mais avançado para que se complemente a rodada”, diz Xavier Boutaud, conselheiro diretor da Gávea Angels.
Como a Gávea Angels apoia seus investidores neste momento?
Com 20 anos de história e um grupo de investidores diversificado, a Gávea Angels segue acompanhando de perto suas investidas. Além de reforçar o processo de seleção das startups, fazendo uma análise mais rigorosa de cada caso, a Gávea também tem levado para dentro das suas investidas os aconselhamentos e insights compartilhados entre os próprios investidores, como por exemplo o que deu certo e errado em outras startups, sempre respeitando os aspectos de confidencialidade de cada negócio.
“Isso permite uma polinização cruzada de oportunidades e também de evitar erros e riscos”, diz Xavier.
Embora o risco seja inerente ao investimento-anjo, e o momento exija cautela, o mercado das startups segue funcionando e com oportunidades para aqueles investidores dispostos a trabalhar no crescimento daqueles negócios calcados em boas ideias e soluções.