O cenário é positivo para receber investimento-anjo. Somente no primeiro semestre deste ano, foram aportados R$ 39,9 milhões em startups brasileiras, segundo levantamento feito por um grupo que reúne 18 das maiores redes de investidores-anjo do Brasil. O montante já se aproxima dos R$ 45,2 milhões que foram investidos em todo o ano de 2020.
O valor médio investido cresceu 35% em relação a 2020. Em média, cada investidor aporta R$ 34 mil, com um valor máximo de R$ 100 mil e mínimo de R$ 15 mil. Quando se olha para o investimento por rede, a média fica entre R$ 400 mil e R$ 800 mil, com um tíquete mínimo de R$ 200 mil e máximo de R$ 1,5 milhão.
O número de investidores-anjo também cresceu. As redes agregam hoje 2.560 investidores, um crescimento de 29% em relação a 2020. O estudo mostra que 344 startups foram investidas desde a criação das redes.
Entre os setores mais investidos se destacam agritechs, edtechs, fintechs, foodtechs, adtechs, newstechs, construtechs, lawtechs, impacto socioambiental, varejo e e-commerce.
A expectativa é fechar 2021 com R$ 80 milhões em investimento — um crescimento de 76% em relação a 2020 (R$ 45,2 milhões).
A pesquisa foi feita com as redes Anjos do Brasil, BR Angels, Bruin Angels, Curitiba Angels, EA Angels, FEA Angels, Gávea Angels, GR8 Ventures, GV Angels, Hangar8 Capital, Insper Angels, LAAS, MIT Alumni Angels, NYU Angels, Poli Angels, UNI Angels, Urca Angels e Wharton Alumni Angels.
Pioneira em investimento anjo no Brasil e América Latina, a Gávea Angels nasceu dentro do Instituto Gênesis da PUC-Rio, no bairro da Gávea, com apoio financeiro do International Development Research Center, IDCR, do governo canadense, interessado em desenvolver a inovação e o empreendedorismo na América Latina. Ali, aconteceu o primeiro aporte de capital de um grupo de investidores-anjo.
Investidores-anjo aportaram R$ 39,9 milhões em startups no primeiro semestre de 2021
20/09/2021 09H00, Pequenas Empresas Grandes Negócios